quinta-feira

Santana tem uma lata... Que desfaçatez

Santana Lopes, líder parlamentar do PSD, não tem dúvidas em afirmar que é uma situação anormal o presidente da Caixa Geral de Depósitos ir presidir ao BCP e que o Banco de Portugal devia ter dito alto. Muito crítico em relação ao conformismo da sociedade, diz que a partilha de lugares do Estado é “feia e injustificada” . [...]
Obs: Vindo de quem vem este tipo de crítica faria rir senão fosse dramático e auto-destrutivo. Enfim, mais um tiro no pé... É certo que a transição de CSF da CGD para o BCP coloca problemas de concorrência e de funcionamento do mercado, mas Santana deveria ser o último personagem da República a falar, precisamente porque não tem autoridade.
1. Então não foi Santana que se concertou com Meneses, o ventrícolo de Gaía para que este comprasse àquele os votinhos deste e, como contrapartida da eleição e do afastamento de MMendes - Santana fosse fazer turismo parlamentar para o hemiciclo?! É óbvio que sim. Foi uma negociata feia e injustificada.
2. Então não foi o Mexia - presidente da EDP e ex-ministro das Obras Púbicas de Lopes - que o convidou quando santana estava desempregado para administrador da EDP podendo este causar o rebentamento de fusíveis em toda a empresa e deixar o país às escuras. Esta cunha também foi feia e injustificada. A avaliar pelo cv do artista.
3. Então não foi Santana que aceitou ser PM de Portugal sem qualquer legitimidade política colhida nas urnas e esteve 6 meses a escavacar a imagem de Portugal, a ponto de ter de ser Sampaio que correu com ele sob pena dos seus ministros se engalfinharem na praça pública sem qualquer obediência ao PM. Também foi feio e injustificado.
Numa palavra: Santana é ele próprio resultado dum contexto feio e injustificado. Santana tornou-se no absurdo de si próprio, numa metáfora do que em tempos chegou a ser: edil da Figueira da Foz e sempre animado de um grande-grande sonho: ser apresentador de tv.
Pergunto-me se ainda vai a tempo. Só não vejo é que estação o possa contratar, precisamente pelas qualidades que comporta mas que projecta noutros. Sugira-se a Santana uma reforma compulsiva para não continuar a ser mais vítima de si próprio.