terça-feira

Sr. Primeiro-Ministro sirva-se e demita a senhora: a bem da República, da Democracia e do seu próprio Bem

Arquive-se a senhora compulsivamente e com um pedido indemnizatório por atentar contra a República, a Democracia e o pluralismo de opinião em Portugal.
O dedo, o dedinho, o dedungo. A mão, a mãosinha, a mãosunga. O sub-produto da República aguarda exoneração.
Ver o resto da desgraça aqui.
24.07.2007 - 13h53 Lusa, PUBLICO.PT
O processo disciplinar instaurado ao professor Fernando Charrua foi arquivado pela ministra da Educação, que decidiu não aplicar qualquer sanção por considerar que os comentários sobre a licenciatura do primeiro-ministro enquadram-se no direito à opinião.
Num despacho assinado ontem e divulgado hoje, Maria de Lurdes Rodrigues defende que "a aplicação de uma sanção disciplinar poderia configurar uma limitação do direito de opinião e de crítica política, naturalmente inaceitável numa sociedade democrática, uma vez que as declarações de Charrua não visavam um superior hierárquico directo" mas sim o primeiro-ministro, José Sócrates."
Assim, determino o imediato arquivamento do processo", escreve Maria de Lurdes Rodrigues.
A directora regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, instaurara um processo disciplinar ao professor Fernando Charrua e decretara a sua suspensão, devido a "um insulto feito no interior da DREN [Direcção Regional de Educação do Norte], durante o horário de trabalho" em relação ao primeiro-ministro.Numa carta enviada a várias escolas, Charrua agradeceu aos colegas com quem trabalhou ao longo de 19 anos de serviço na DREN e explicou a sua versão: "Transcreve-se um comentário jocoso feito por mim, dentro de um gabinete a um 'colega' e retirado do anedotário nacional do caso Sócrates/Independente, pinta-se, maldosamente de insulto, leva-se à directora regional de Educação do Norte, bloqueia-se devidamente o computador pessoal do serviço e, em fogo vivo, e a seco, surge o resultado: 'Suspendo-o preventivamente, instauro-lhe processo disciplinar, participo ao Ministério Público'".
Obs: DEMITI-LA PORQUÊ? O PM..
1. Livra-se dum "câncer político-burocrático" na Administração Pública que, ficando, gera metástases em todos os departamentos e bloqueia mais do que dinamiza e cataliza a operacionalidade dos serviços no sector da Educação, área crítica em Portugal;
2. Livra-se duma oposição sedenta de "sangue" que por não saber gerar ideias e uma alternativa sólida e credível ao PS - se agarra com unhas e dentes a este erro administrativo que entretanto se politizou;
3. E reconcilia-se com os sectores mais livres e liberais da opinião pública que não gostou desta deriva persecutória protagonizada pela dona Guida Moreira - cujo passado democrático se desconhece.
Esta troika de razões, mais o common sense do PM, só o podem levar a pegar na Parker-51 e assinar a demissão imediata da visada.
Se assim for, a oposição deixará de ter justificação para se agigantar no Parlamento ou nos media com este caso lamentável na democracia portuguesa - que só aconteceu porque se permitiu que um erro administrativo se politizasse.
Numa palavra: Sócrates não é polícia nem inspector-geral da Administração Pública, mas terá, doravante, de dar mais atenção aos pequenos grandes detalhes da Administração.
Ou seja, Socas terá mesmo de ser um "polícia e um inspector", além de PM que hoje acumula com a presidência portuguesa da UE.