quinta-feira

By-by globalização do petróleo...

A economia global é como os casamentos, não dura sempre, e ambas são como a vida: a dada altura é interrompida mais ou menos abruptamente. Ora, o petróleo não é uma instituição permanente, com vigência vitalícia na vida das economias. O ouro negro resultou dum conjunto de circunstâncias transitórias características de uma determinada época, mas com a entrada no III milénio pode prefigurar-se como uma espécie de Verão de São Martinho da era dos combustíveis fósseis. Sabemos que o mecanismo que tornou possível a industrialização se deveu a muitas energias, e também ao petróleo, que globalizou a distribuição de energia à escala mundial. Mas agora o mundo está confrontado com um novo-velho problema: é que a fase do petróleo barato, disponível em todos os mercados, já é coisa do passado. Isto deixa-nos uma séria interrogação: a capacidade de produzir e de globalizar as energias (emergentes) e de alavancar a produção post-industrial terá forçosamente de estimular novas fontes de energia, novos modelos de desenvolvimento, novos conhecimentos, velhos debates, emergentes decisões políticas. Isto é que é importante, e não tanto a mobilização do país por causa do aborto.. Por vezes perdemo-nos no meio das oliveiras à procura de ananases...