Hiper-refinação. Sines, again...
Processo negocial da Refinaria Vasco da Gama em Sines Monteiro de Barros pondera levar o Estado a tribunal O rosto do projecto de construção da mega refinaria em Sines quebrou o silêncio para se defender dos ataques do Governo. Monteiro de Barros diz que não houve alterações ao projecto inicial, a não ser para melhor, acusando os ministérios da Economia e do Ambiente de falta de capacidade para gerir o processo. O empresário Patrick Monteiro de Barros pondera levar o Estado português a tribunal caso o primeiro-ministro e o ministro da Economia não se retratem do conjunto de declarações que culminaram com José Sócrates a acusar os promotores de quererem vender “gato por lebre” ao Governo, soube o “Semanário Económico” junto de fonte próxima ao empresário. Sobre uma eventual acção contra o Estado, Monteiro de Barros não faz qualquer comentário. Num encontro com jornalistas realizado ontem para responder aos ataques do Governo por ter introduzido alterações ao projecto inicial, o empresário não deixou, no entanto, de classificar de “insinuações maldosas e mesmo ofensas pessoais” as afirmações do primeiro-ministro e de Manuel Pinho que argumentou que “….quando se trata de projectos desta dimensão e desta importância, não pode haver negócios por debaixo da mesa”.
Na sequência do cancelamento do projecto por incapacidade do Governo em garantir o cumprimento das datas estabelecidas para emissão de todas as licenças administrativas, Patrick Monteiro de Barros considerou que os ministérios do Ambiente e da Economia não tiveram capacidade para gerir o processo da refinaria proposta para Sines.
“ Trouxemos o que havia de melhor tecnologia. Estiveram 60 pessoas a trabalhar no projecto e gastou-se sete milhões de euros”, afirmou ao “Semanário Económico” Monteiro de Barros, salientando que as únicas alterações ao projecto inicial “foram para melhor”. Em causa está a redução de CO2 para 5,1 milhões de toneladas e na área de armazenagem na zona portuária, tarifa de cogeração apenas sobre 100MW, e ainda 4600 postos de trabalho directos e indirectos, contra 2500 inicialmente previstos.
(...) Ler o resto do artigo no Semanário Económico.
- E, já agora, compulsar com tão interessante quanto lúcida avaliação do Jumento, um blog já mui considerado na Península Ibérica e sempre muito bem informado neste sector energético. Por último, convinha perguntar o que pensa de tudo isto o sr. Basílio Horta - presidente da API - que hoje anda calinho que nem um rato. Mas nem sempre foi assim.. Porque será??? Mudam-se os ventos, mudam-se as marés de crude. O Camões tinha razão.. O mundo é composto de mudança, mesmo que não seja para melhor. E, ironia das ironias, ainda veremos o governo português a comprar "refinados" a Marrocos... Neste dia, estou para ver se Manuel de Pinho paga essas importações como camelos... UM MINISTRO SEM CREDIBILIDADE (pelo Jumento) Quando o dossier da nova refinaria de Sines foi encerrado os portugueses ouviram, de várias fontes mais ou menos oficiais, que a razão eram as descargas de CO2, mas quando se pensava que o assunto estava esclarecido o ministro da Economia foi à AR explicar que o motivo do divórcio era, afinal, o montante de ajudas exigidas pelo empresário. Esta contradição é motivo para duvidar da credibilidade do ministro, mas esta fica definitivamente atingida quando no dia seguinte a API emite um comunicado a confirmar o que o ministro disse. Isto é, temos um ministro cuja palavra tem que ser confirmada pelos seus subordinados, por outras palavras, temos um ministro cuja palavra deixou de ter valor político, razão suficiente para voltar para o seu gabinete no BES, de onde nunca deveria ter saído, para bem da economia portuguesa.
O pingo de Pinho... Alí não se percebe bem se é o ministro que está a dar música aos camelos ou se são estes que nos estão a dar música a nós, consumidores de combustíveis...que os pagam cada vez mais caros, e de bico calado.
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