segunda-feira

Aos cábulas inteligentes...

Alunos copiam mais nos países mais corruptos Os países onde os alunos universitários mais admitem copiar nos exames são também aqueles onde o índice de corrupção é mais elevado. A associação entre corrupção no mundo real dos negócios e a fraude académica está traçada num estudo efectuado pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), que avaliou 21 países, de quatro continentes. E os resultados mostram uma "forte correlação" entre as duas realidades. Esta investigação - a de maior dimensão a nível mundial em número de países avaliados - inquiriu mais de sete mil alunos, dos cursos de Economia e Gestão. Aqueles que, salienta o trabalho de Aurora Teixeira e Fátima Rocha, serão os homens e mulheres de negócios do futuro e "potencialmente os líderes económicos e políticos".
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  • Nota: Já dizia Marcello Caetano que preferia um cábula inteligente a um aluno marrão e estúpido. Eu, confesso, estudava fazendo resumos. Resumos que eram boas cábulas. Mas estavam tão bem feitas que além de as memorizar (julgo) que também compreendia as articulações das matérias. E o mais interessante é que das cábulas que fazia, as tais súmulas, nunca eram utilizadas. E às vezes até ficava frustrado, porque ter todo aquele trabalho e não as utilizar era como ir a Roma e não comer pastas... Desconheço qual é a posição de Portugal nesse ranking. Mas se fôr como é em matéria de produtividade estamos conversados. Afinal, somos bons no futebol..., mas já não se pode ser bom em tudo. Sê-lo-emos a copiar??? O Japão, após a II Guerra Mundial, foi excepcional nessa tarefa... Oxalá o soubéssemos seguir, porque na arte do copianço radica também uma inventividade inesperada que, não raro, se transforma em destruição criadora, e isso foi muito positivo para umas economias e profundamente nocivo para outras. Lembro que nos sistemas de ensino onde as metodologias e as pedagogias permitem aos alunos consultas livres durante os testes a produtividade intelectual dispara (em certas circunstâncias). Há também aqueles que nem a copiar lá vão., esses ainda andam por aí, e no hemiciclo deve estar uma boa maquia desses cábulas... porque tiveram uma coisa que os tipos inteligentes não têm: paciência e gosma para andar a lamber botas aos superintendentes. Lembro que os professores diziam que Einstein além de burro era mandrião e muito pouco sociável, e "depois"... A nós, porventura, falta-nos esse depois.