quinta-feira

Aviso à navegeção. Autárquicas: relações horizontais e verticais

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  • A cidade pode estar em ruínas, tudo depende do que os homens fizerem dela...
  • O TALENTO DO TEMPO: O MESTRE DOS MESTRESImage Hosted by ImageShack.us
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  • De política autárquica o que sei? Nada. Apenas ensaio o gosto teórico e porque a investigação também pode ser interferida com uma experiência valorizadora. Por isso, vou teorizar a política pura. No fim veremos se de tanta pureza conseguimos apanhar os metais, especialmente os vis... Vem isto a jeito duma reflexão que se pode fazer nos momentos pré-eleitorais, ou seja, o jogo de sombras, o jogo de espelhos, as simulações e dissimulações que o home faz para marcar posições e acertar interesses pré e pós-eleitorais.
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  • É da condição humana, somos assim. Nada há nada a fazer. O quadro das relações horizontais comporta, inevitavelmente, um elevado grau de competição política entre os protagonistas da cena política. Alguns, contudo, só vêem o que está visível em termos públicos; outros, ao invés, conseguem descortinar as interacções sob a epiderme dos agentes políticos e a forma como tecem as linhas da política à portuguesa.
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  • Desta feita, existem dois mecanismos para afirmar essas relações: através da condução política vertical, em que o comando político e os serviços técnicos e administrativos formam um todo. Daí depende a própria qualidade do exercício do poder. Sendo certo que esse comando político deixa de ser respeitado - quando em termos horizontais - a competição política entre os diversos protagonistas contribui para que esses agentes políticos percam a autoridade junto das populações. Ora é quando este tipo de relações de perda de confiança técnica, política e moral se acentua que a imagem que deles faziam os seus subordinados implode. A autoridade política passa, então, também a ficar dependente da única qualidade que esses subordinados não sabem ler: o tempo de incerteza e duração desse poder político, ou seja, o tempo de sobrevivência desse actor político. Nesse caso, a experiência dos funcionários mostra-lhes que, por vezes, o poder acaba por cair onde menos se espera. Daí a prudência e a reserva a que estão votados. Por exemplo, em Oeiras tudo passou a ser uma questão de tempo, infelizmente já não é uma questão de competência ou de capacidade de mobilização de ideias, de projectos e de vontades que se articula ante o comando político. Veremos como decorrem as coisas..
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  • As relações política horizontais também produzem efeitos destrutivos das condições funcionais das organizações políticas e administrativas locais. E os primeiros a detectarem essa viciação das regras do jogo são justamente os funcionários que operam com eles numa base de confiança política. Lamentavelmente, Oeiras parece querer reinventar-se a partir de um paradigma invertido, ié, como ideia de pernas para o ar, para gaúdio na nação inteira. Por isso, também não admira que sejam igualmente os funcionários a perderem a confiança nos seus dirigentes políticos com quem trabalham. Ou trabalharam. Especialmente, quando vale tudo, ou quase tudo, para trazer o passado para o presente e para o futuro, supondo que esses momentos de felicidade se poderão repetir. Erro colossal. Além de se perder a face - porque não há qualquer moralidade que alicerce uma relação de confiança nessa base precária - perde-se também a eficácia no exercício do poder e no conjunto dos dispositivos indispensáveis à reivenção da política, à sua criatividade e inovação. Tudo isto faz com que as populações passem a ver os seus antigos heróis como bonecos frustrados enleados nas teias da lei, numa relação labiríntica que não tem fim à vista. Ou seja, além da imoralidade soma-se a ineficácia do exercício do poder caso certos absurdos da vida pública do País ganhem foros de lei e se afirmem com aparente normalidade. Mas o tempo (é) de cada um...
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Em certos casos o sol da praia de Sto Amaro de Oeiras ajuda-nos a ver o horizonte e o zénite. Com boas ideias e melhores projectos. Aí a mente é verde e pode desenhar boas cartografias de modernização e desenvolvimento para o concelho; noutros casos, ao invés, o mesmo sol de Oeiras sobreaquece a mioleira e produz danos irreversíveis no cortéx - fazendo com que certas pessoas entrem em depressão e em desequilibrio emocional permanente. Chama-se a isso nostálgia do futuro. E como o tempo é de cada um - cada qual também saberá escolher o desastre que compra para si próprio. Mas confesso que em certos casos o hara-kiri era perfeitamente evitável. Mas as manchas amarelas e vermelhas no cérebro impedem a estabilização dessa normalidade comportamental.
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  • Estes quistos em democracia acabam por envenenar as águas do poder, apesar de se estar a falar da Pérola do Atlântico: Oeiras. Bom seria, contudo, que as autarquias em Portugal funcionem e mantenham os seus órgãos em operação evitando, assim, bloquear inúmeros projectos de modernização e desenvolvimento para o país. Nem todos os construtores são corruptos. Nem todos os políticos recebem luvas. Nem todos os políticos têm sobrinhos emigrados... Estou plenamente convencido que o amigo Octávio, que vende jornais no quisoque de Carnaxide e é quase analfabeto, teria narrado uma fábula mais criativa..., colorida e, já agora, convincente. No caso vertente, é legítimo perguntar-se: será que Oeiras merece um tão baixo índice de imaginação!? Como digo, o Octávio dos jornais faria melhor... Mas isso pouco importa.
  • É nesta relação dual e de conflitualidade - progressivamente aberta - que devemos ler a realidade socio-política em Oeiras. E também noutros concelhos do País em que os problemas se multiplicam. O PS tem imensos caciques que se alaparam ao poder, e de lá jamais querem sair. Só empurrados com uma grua da Teixeira Duarte - que, presumo, ganha imensos concursos mas obras de Carnaxide. Hanha ou ganhava... Mas perante esta esquizofrenia política as populações perguntam-se: então, e a agora??
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  • Bom, agora só há uma maneira correcta de resolver o problema com decência: recorrer aos principais agentes de confiança disponíveis no "mercado político", ou seja, àqueles que estão em melhores condições políticas, morais e psicológicas para oferecerem um projecto social e de desenvolvimento para a polis. Um projecto que barre o caminho ao clientelismo, ao tráfico de influências, à corrupção, ao nepotismo, ao peculato e a tantas outras modalidades de corrupção com vista ao enriquecimento pessoal, ou meramente ao tráfico político com vista à compra & venda de favores nos relacionamentos múltiplos, cruzados e perigosos com os agentes da construção civil e com todos os actores que alimentam esse processo de intermediação, desde o início ao fim da cadeia de decisão.
  • Ainda a procissão vai no adro, e nós, aqui, com a lupa do macroscopio vamos analisando os vários episódios de um folhetim que ainda nem sequer começou. We shall see...
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  • Por vezes até apetece dizer, subscrevendo um humorista português que, entretanto, degenerou num ser estranho que aqui não qualifico: Eu que sou o "presidiente".....