D. José Policarpo apontado como possível surpresa na sucessão de João Paulo II

Veja a história que conduz à consagração de D. José Policarpo aos cumes do papado em Roma D. José Policarpo visto como possível surpresa na sucessão de João Paulo II D. José Policarpo, o homem que fuma...

• O jornal inglês "Guardian" considera que D. José Policarpo poderá ser a surpresa no processo de sucessão do Papa João Paulo II. Segundo o jornal, o cardeal patriarca de Lisboa é o candidato em melhor posição para unir os católicos europeus e latino-americanos.

• E depois explica porquê: "Ele (D. José Policarpo) é um pensador formidável, um verdadeiro intelectual, muito bom nas questões que afectam a cultura europeia, que vão absorver os cardeais", afirmou ao jornal britânico um observador do Vaticano.

• Para além do cardeal português, o "Guardian" considera que o brasileiro Cláudio Hummes também poderá constituir uma hipótese credível. Tal como Policarpo, Hummes fala português e espanhol e tem origem europeia (os pais são alemães). Ambos dedicaram as suas vidas religiosas à luta contra a pobreza e a favor dos direitos humanos.

• Qualquer que seja a escolha, o sucessor de João Paulo II carece do apoio dos cardeais dos continentes europeu e sul-americano, hoje unidos na desgraça do subdesenvolvimento económico e do desemprego generalizado, para obter a maioria de dois terços necessária à eleição do novo sucessor de Pedro. A Europa tem 58 cardeais, a América Central e do Sul 20, a América do Norte 14, África 11, Ásia dez e a Austrália e Pacífico dois cada.

• Os cardeais sul-americanos estão claramente subrepresentados no conclave - que se inicia no próxima dia 18 -, uma vez que se estima que a Igreja Católica tenha 500 milhões de fiéis na América Latina.

• Ora, Portugal é um país pequeno, exígu, mas sempre aspirou a ser um potência diplomática, agora na vertente religiosa. D. José Policarpo só terá de fazer uma coisa, ou melhor duas:

• 1) intensificar as relações diplomáticas com vista a juntar em torno do seu nome apoios e alianças cada vez mais alargadas, dando garantias de representação aos problemas sociais e económicos do continente sul-americano;

• 2) e passar a fumar menos, talvez só um maço por dia. E com boquilha (por causa do cancro no pulmão - ou nos dois - para o caso de ainda os ter a ambos) e às escondidas. Doutro modo o fumo branco e negro a sair pela chaminé do Vaticano ainda confunde a Humanidade com a sua morte antecipada.

• Sabe-se já que D. José Policarpo tem o apoio da Rádio Renascença e da Direcção e Reitoria da Universidade Católica, incluindo o doutor Espada. E também de todos os mestres e mestrandos, doutores e doutorandos da mesma universidade. De Lisboa, Porto e Algarve.

• Só que o mundo não pode estar sistemáticamente de férias prolongadas por causa dos negócios da alma, que nunca renderam grande coisa para o universo numérico da economia real, cada vez mais virtual.

• Os apoios são sempre muito importantes. Infra vemos D. José Policarpo esperando pelos apoios

• Aqui vemos o futuro e putativo Papa num trabalho de convencimento intelectual, para alargar a sua sede de apoio na Ásia e na Austrália, onde as opções apontam noutra direcção.

• No intervalo da conferência, para fumar um maço de cigarros e uma dúzia de charutos cubanos, enviados expressamente por Fidel Castro, esse grande "democrata" do cone sul-americano...

• O momento da circunspecção...

• Um momento de maior incerteza e desânimo, na medida em que a contagem dos votos do seu mais directo concorrente, o cardeal brasileiro, Hummes, tomou a dianteira. Mas nem tudo está perdido. Neste momento, D. José Policarpo já não fuma um maço de cigarros há 25 minutos.

• O volte-face dos resultados no corpo cardinalício, que apoia maioritária D. José...

• E a eleição de D. José Policarpo - consagrada por uma bengala especial, que o acompanhará para todo o lado... A bengala-cigarro