Os gatos não têm vertigens - António-Pedro Vasconcelos -
António-Pedro Vasconcelos (APV), com um argumento simples e ao mesmo tempo espelhando um problema que um dia atinge todos, conseguiu contar uma história dramática de famílias que se despedaçam, pelos mais variados motivos.
O recurso à técnica do "morto-vivo" (Nicolau Breyner) deu frescura e vivacidade à narrativa e ajudou a prender o espectador e a agilizar o desenvolvimento da história. Um dia, novos e velhos, hoje talvez mais novos que velhos, tenderão a lembrar-se do argumento de APV e, consoante o drama de vida que cada um terá pela frente, atribuir-lhe um significado concreto, sendo certo que nem todos terão a sorte de Jó...
Só por isso, valerá a pena meditar numa temática que é, hoje, na sociedade portuguesa, um grande problema intergeracional. E ao qual os poderes públicos, na área que lhes compete, i.é, na definição das políticas públicas sociais, não têm sabido dar resposta. Tamanho é o desmantelamento do Estado-social, hoje convertido num mega-casino guiado pela selvajaria ultra-liberal dos boys de Chigado, perdão, de Massamá...
Também isto terá de mudar, e a 7ª arte poderá (e deverá) ser uma ferramenta de excepção para contribuir para essa mudança.
SINOPSE
Jó é expulso de casa pelo pai no dia em que faz anos. Sem ter sítio para onde ir, refugia-se no terraço do prédio de Rosa, que acabou de perder o marido. Ele tem 18 anos e ela 73. Quem diria que ia ser amor à primeira vista?
- Realização
- António-Pedro Vasconcelos
- Ator / Atriz
- António-Pedro Vasconcelos Fernanda SerranoIvo Alexandre Joaquim Leitão João JesusJosé Afonso Pimentel Maria do Céu GuerraNicolau Breyner Ricardo Carriço Sara Barros LeitãoTiago Delfino
FICHA TÉCNICA
Etiquetas: António-Pedro Vasconcelos, Os gatos não têm vertigens
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