sábado

Cavacao Silva: do bolo-rei à cagarra e às Ongs. Evocação do Diácono Remédios - o CENSOR -




Por absurdo que pareça presume-se que há uma "absurda lógica" no apoio que o Sr. PR tem dado ao Governo da República, ou melhor ao dr. Pedro. Um apoio cego, porque incondicional. 

Em todas as crises políticas por que o XIX Governo tem passado, muitas e graves desde 2011 (sucedem-se ao mês, à semana, ao dia), Cavaco tem estado sempre na linha da frente no apoio político activo a Passos Coelho. Agora, com a particularidade de criticar o excesso de liberdade de pensamento e de expressão que a mediacracia tradicional e os new media - têm dispensado ao assunto que envolve o bom nome do PM na sua relação com a Tecnoforma e uma Ong criada para capturar fundos comunitários para, supostamente, dar formação aos formandos que deveriam hoje estar a trabalhar nos aeródromos (que não existem). 

Cavaco, pelos vistos, não se preocupou com a regulação que o BdP e a CMVM (os legítimos polícias dos mercados) deveriam ter com a desbunda do BES, do BPN (que muito lhe diz...), do BPP, do BCP e da ditadura dos mercados que sacrificam as economias das nações em proveito da especulação dos fundos de investimentos que, literalmente, esbulham as sociedades - hoje na penúria. Em boa medida, é por esta razão de natureza especulativa, atribuída ao funcionamento do capitalismo de casino, que as classes médias, na generalidade dos países da Europa mais afectados, se encontram hoje esmagadas sem capacidade aquisitiva, logo de gerar o tal efeito multiplicador (explicado por Keynes) no consumo interno das nações.


De facto, e em abono da verdade, importa recordar que Cavaco conviveu bem com a ditadura de António Oliveira, chegou mesmo a preencher fichas da PIDE para fazer investigação no âmbito dos seus trabalhos académicos, mas nada faria supor, volvido quase meio século da ditadura conservadora em Portugal, que partiu a espinha a milhares de portugueses, que o actual PR - em plena democracia pluralista - tivesse a veleidade de achar que os problemas gerados por um escol dirigente que hoje levanta as maiores suspeitas de cometer PERJÚRIO - se deve, directa ou indirectamente, aos comentários feitos no âmbito da liberdade de expressão que cada cidadão tem o direito de fazer, dentro das regras do estado de direito. 

À primária fase do bolo-rei, em que o PR tinha dificuldade em expressar-se e nunca tinha dúvidas e raramente se enganava, o PR foi visto a anilhar cagarras nas ilhas Selvagens (2ª fase civilizatória); agora, ao pretender calar a opinião pública e publicada, emerge como um bom censor que evoca o Diácono Remédios - magistralmente representado por Herman José. 

Talvez tenha chegado o momento de lhe darem uma Ong..., nem que seja para o calar, porque sempre que o PR abre a boca.., o resultado é conhecido. 

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Herman José - Diacono Remédios e Chupa me os Pistões





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