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As lições da defenestração de Miguel Vasconcelos. O peso da História e da memória













































Miguel de Vasconcelos e Brito (c. 1590 1 — 1 de Dezembro de 1640 2 ), político português, desempenhou no Reino de Portugal os cargos de de escrivão da Fazenda3 e de secretário de Estado (primeiro-ministro) da duquesa de Mântuavice-Rainha de Portugal, em nome do Rei Filipe IV de Espanha (Filipe III de Portugal) e valido do conde duque de Olivares4 . Era odiado pelo povo por, sendo português, colaborar com a representante da dominação filipina. Tinha alcançado da corte castelhana de Madrid plenos poderes para aplicar em Portugalpesados impostos, os quais deram origem à revolta das Alterações de Évora (Manuelinho) e a motins em outras terras do Alentejo. Foi a primeira vítima do golpe de estado do 1º de Dezembro de 1640. Depois de morto, foi arremessado da janela do Paço Real de Lisboa para o Terreiro do Paço, pelos conjurados.
Entre seus ancestrais famosos, estão Sancho I de PortugalHenrique II da InglaterraRoberto II da FrançaCarlos Magno, entre outros. Link

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- Momentos há na história das nações em que a gota d´água faz transbordar o copo e, como diria o outro, quando assim é o caldo é entornado. São momentos coincidentes com um conjunto de factores nocivos ligados entre si.

- A saber: 1) uma elevada incompetência e impreparação para a governação do país por parte do escol dirigente aliado a - 2)  uma carga fiscal draconiana - que atinge o esbulho e o confisco (em particular, exigida aos funcionários públicos e aos pensionistas) - por regra 3) associado a uma profunda dependência do exterior (a troika)
- Eis o que actualmente se passa em Portugal, e que gera um cocktail molotov (social e político) cujo rastilho poderá eclodir a qualquer momento. 
- Neste caso, essa dependência já não são os filipes (espanhóis), então representados em Portugal por esse traidor do Miguel Vasconcelos que acabou defenestrado (como ilustra a imagem supra), mas a troika - que dita o que o governo português deve fazer, e este, além de obedecer cegamente àqueles ditames ainda vai mais além impondo aos portugueses sacrifícios não previstos no Memorando - a fim de desmantelar o Estado social e, ao mesmo tempo, prosseguir um projecto político que apenas visa a manutenção no poder por parte do actual XIX Governo (in)Constitucional e à custa do empobrecimento estrutural do país. 
- Na prática, Portugal vive, hoje, em todos aqueles parâmetros, uma situação muito parecida com a que se verificou quando o traidor Miguel Vasconcelos foi defenestrado pelo povo em fúria e atirado pela janela.
- Quando a justiça das leis perde sentido, o povo encarrega-se sempre de restaurar a ordem, a paz social e, a prazo, a recuperação e o desenvolvimento. Sempre foi assim na marcha (lenta) da história. 

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