sábado

Lógica fratricida e psicologia da rede. Xeque-mate ao estarola


Todas as redes são dotadas de milhares de conexões, mais  ou menos conscientes que, pela sua própria natureza, não se podem comportar como velhas redes ferroviárias. Aqui conta a velocidade, ela é mais importante do que a lentidão de antanho. 

Muita, ou alguma da expertise da rede, penetra nos aspectos mais pessoais e íntimos da vida das pessoas, em particular daquelas que desempenham (ou desempenharam) cargos de relevância pública: nuns casos para os promover, e fixar e alargar o seu espaço de influência na esfera pública; noutros casos, apenas com o intuito de o denegrir, como foram os inúmeros episódios orquestrados contra o ex-primeiro ministro. Os casos são conhecidos, nem vale a pena evocá-los.

Neste contexto meta-blogosférico (a roçar o border-line) - pergunto-me que motivação existe para o filho-virtual querer matar o pai-real(?!)

Diz quem sabe da área que neste ramo da infra-política, os interesses dos media, ou dos new media, repousam em quatro razões: dinheiro, relações pessoais/influência, expertise e speed

Serão estes valores, em si, criticáveis nas sociedades contemporâneas? Tudo dependerá da forma como os utilizamos, i.é, com mais ou menos ética ou, por vezes, sem ética nenhuma. 

Em Portugal, lamentavelmente, as redes (ou algumas delas, animados por certos blogues) comportam-se de modo neobiológico, como enxames ou vírus, ou como os búfalos em fuga. 

Certas entrevistas dizem mais da qualidade ética, política, técnica, cultural e até pessoal de certas pessoas, e do escol dirigente que os enquadrou, do que muitos manuais de Ciência Política. 

Confesso que não me surpreendi com o modus operandi praticado por certos players no espaço virtual, coadjuvante do poder político vigente (em grande dificuldade de sobrevivência). A surpresa reside na circunstância de o filho querer matar  o pai, assim, de forma tão tosca quanto canalha. Ainda que a ordem seja arbitrária. 

Estamos, assim, diante de uma nova patologia política resultante de um novo complexo de édipo ter invadido o espaço virtual, o qual se materializou da pior forma através de certos blogues. 

Um dia ainda alguém demonstra que tudo isto decorre da composição do actual OE-2014!!!

Ou, mais criativamente, algum doutorado à pressa pela universidade do Campo Grande explique à turba que se trata, afinal, dum mero ajuste de contas do turbo-licenciado - dr. Relvas. 


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