sexta-feira

Responsabilidades do Estado atingem 100% do PIB. A estranha irreverência de Fernando Ulrich

NOTA PRÉVIA MACRO:

UM RELATÓRIO PREOCUPANTE, TANTO MAIS PROVENIENTE DE UM IMPORTANTE BANQUEIRO CONOTADO COM O PODER. PODERIA SER RICARDO SALGADO ESPÍRITO SANTO A APRESENTÁ-LO, A ESTRANHESA SERIA IGUAL. A QUESTÃO A SABER É: QUAL A RELAÇÃO EFECTIVA DISTO COM A REALIDADE?! OU TRATA-SE, APENAS, DUMA FORMA - VELHA - DE CONDICIONAMENTO BANCO-BUROCRÁTICO A DIAS DA APROVAÇÃO DO OGE?! OS ECONOMISTAS QUE SE PRONUNCIEM ACERCA DESTES NÚMEROS ALTAMENTE PREOCUPANTES, V.Q., CONDICIONAM O FUTURO DOS PORTUGUESES E A PRÓPRIA VIABILIDADE DE PORTUGAL.
POIS A SER COMO ADIANTA O "ESTUDO" DO BPI O RISCO, AGORA ESTRANHAMENTE PUBLICITADO, A COMPETIÇÃO, A DOMINAÇÃO E A CAPITALIZAÇÃO PERDEM EFICÁCIA, E ISSO PENALIZA SÉRIAMENTE O CRESCIMENTO RÁPIDO DA ECONOMIA NACIONAL, AGRAVADO COM O NOSSO PADRÃO DEMOGRÁFICO (JÁ REGRESSIVO) E GERA, COM A PASSAGEM DA CAPITALIZAÇÃO PARA O ENDIVIDAMENTE POR PERDA DE SUSTENTABILIDADE DO SISTEMA DE PRODUÇÃO DE RIQUEZA E DE JUSTA REDISTRIBUIÇÃO E DE SEGURANÇA (SOCIAL) - UMA TERRÍVEL INSEGURANÇA NO PAÍS REAL.
Isto é: toda a riqueza produzida no ano passado é insuficiente para fazer face às responsabilidades do Estado.
O estudo em causa, esclareceu Ulrich, «não serve para dar conselhos a niguém», apenas «informa para se poder reflectir nas opções daqui para a frente».
300% do PIB em 2040?
No encontro com os jornalistas estava ainda a economista-chefe do banco, Cristina Casalinho, uma das responsáveis pelo estudo. A sua equipa traça que, até 2040, a evolução dos compromissos do Estado, em situação de consolidação das contas públicas, pode variar entre os 115% do PIB e os 300%, caso não seja feito nada.
Nos próximos cinco anos, os compromissos do Estado com o sector empresarial e as concessões assume pesos no PIB que podem chegar aos 2%, em 2015.
Segundo o mesmo estudo, a economia deverá ter contraído 3,3 por cento em 2009, para os 160,8 mil milhões de euros, referindo ainda que a dívida pública consolidada poderá crescer 20 por cento até 2013.
BPI diz que Portugal não vai ser a próxima Grécia
Fernando Ulrich disse ainda que não prevê que Portugal venha a ser a próxima Grécia. «Não concebo que Portugal venha a estar numa situação parecida à da Grécia», disse.
Quando questionado sobre o que fazer para resolver a questão das contas públicas, Ulrich reforçou o que já tinha dito o governador do Banco de Portugal. Recorde-se que Vítor Constâncio pediu «sinais claros» de redução do défice já este ano, o que Ulrich considerou uma afirmação de «bom senso» e que transmite «um consenso cada vez mais alargado na sociedade portuguesa»".
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