quarta-feira

António Costa lança críticas a Santana Lopes

O jornalista Emídio Fernando esteve presente no almoço organizado pelo American Club, onde António Costa lançou críticas a Santana Lopes.
O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, escusou-se esta terça-feira a tomar uma posição sobre a marcação da data das eleições autárquicas e legislativas, sublinhando tratar-se de uma questão que cabe ao Presidente da República e ao Governo.
Nas perguntas dos convidados, António Costa, não perdeu a oportunidade de recorrer à ironia para responder à questão de quando estará concluído o túnel do Marquês de Pombal.
«Há pessoas que acham que as obras é só uma coisa que se lança, mas as obras não são isso», afirmou.
O túnel que mereceu uma providência cautelar interposta pelo vereador Sá Fernandes, vai servir para o actual presidente da Câmara de Lisboa tentar recolher os louros da obra proposta por Santana Lopes.
«Primeiro não faço birras e em segundo lugar, quem me derá a mim poder já ter acabado a obra do túnel do Marquês, era a melhor homenagem que podia prestar a quem o construiu», sublinhou António Costa.
O túnel não está concluído, garante o autarca lisboeta, devido ao contencioso com empreiteiros. Faltam 23 milhões de euros que António Costa está a negociar.
António Costa câmara lisboa Eleições Política Portugal Santana Lopes Santana Lopes.
Num mandato intercalar de 2 anos, com o chumbo do TC e uma maioria de bloqueio na AM e com um orçamento de "fugir", o Executivo liderado pelo Dr. Costa fez mais do que Santana em toda a sua vida pública. Parece que pagar dívidas e honrar compromissos é coisa pouco séria. E, ao mesmo, tempo lançar um conjunto de projectos de que a recuperação da Frente Ribeirinha é um exemplo, entre outros.
De resto, santana está e não está, vê os cargos públicos que ocupa como trampolim para outros cargos de maior responsabilidade, ou seja, como instrumentos para seu próprio gaúdio pessoal. Eis a sua marca d´água.
Quando foi a secretário de Estado da Cultura queria que Cavaco o elevasse a ministro, teve azar; depois teve uma incursão pela tv num concurso medonho da "cadeira do poder" em que se defrontava com o cinzentão Torres Couto, o país real ficou a pensar que santana desejaria ser pivot (quiça se na tvi!!); na Figueira da Foz teve o mérito de plantar as palmeiras e de levar para lá o élan dos namoricos e das intrigas plasmados nas revistas cor-de-rosa da capital com o caso Cinha jardim e conexos; uma vez eleito edil em Lisboa só pensava em S. Bento - e o acaso da "estória" com a fuga de Durão barroso para Bruxelas, deu-lhe essa possibilidade - que, afinal, se revelou a pior da história do pós-25 de Abril de um PM em Portugal.
Minou a autoridade do Estado (com ministros seus a andarem à estalada no espaço público), não conseguiu governar e deixou uma péssima imagem do Estado intra e extra-muros, a tal ponto se a credibilidade do Estado português estivesse cotado numa bolsa de valores ninguém o compraria. Hoje este player parece querer regressar ao sítio onde julga ter sido feliz, para desfeita dos portugueses em geral e desgraça dos alfacinhas em particular.
Na corrida ao lugar elegível pelo psd - a sua madrinha Ferreira leite vetou-lhe o nome ab initio, mas depois a Distrital do psd-Lisboa do sr. carreiras lá fez o diktat a leite que acabou por anuir com Pacheco Pereira a dizer que iria mudar de residência para votar noutro lugar que não em Lisboa. Tudo como protesto à escolha do nome de santana para Lisboa. A tal má moeda que Cavaco em 2004 havia cunhado...
Isto, na realidade, é a imagem pública de Santana, a que somo aqui mais uma de tipo académico quando em 1987 o dito era suposto assegurar a disciplina de Direito Comunitário na Universidade Lusíada. Foi lá o 1º dia acompanhado dum assistente, depois cheirou-lhe a poder e nunca mais lá apareceu sem sequer dar uma satisfação aos alunos.. Isto é (também) o santana, a marca da irresponsabilidade e da instabilidade.
Santana é a instabilidade em pessoa, alguém que deixa tudo a meio, um actor que faz da política o seu teatro permanente, o seu salva vidas. Mas enche a boca com o sentido de serviço público... Quem não o conheça que o compre.
O sentido público de santana só tem um significado para ele - interesse pessoal, é nisto que assente toda a sua motivação política. Por outro lado, é bom não esquecer que santana agravou o passivo na autarquia, nem dinheiro para o papel higiénico havia para pagar aos fornecedores quando em 2007 António Costa pegou na autarquia; deixou a autarquia num tremendo caos urbanístico; e criou um caldo de cultura propício à corrupção cujos casos são conhecidos.
Eis o imenso "legado" deste novo-velho candidato à CML.
Atrevo-me mesmo a dizer que, nas actuais circunstâncias, até Luís Fazenda do BE seria melhor candidato a Lisboa do que o estafado santana que foi corrido do Governo por Sampaio, e bem, e agora procura poiso na CML - para daqui a uns anos pensar em Belém.
Em rigor, santana é um político oportunista. Seria o objecto ideal para a letra de mais uma música do saudoso António Variações - quando dizia que só estou bem onde de não estou...
António Variações Estou além