domingo

A flexibilidade na avaliação dos professores

A imagem foi picada na rede, não integra o editorial do dn que aqui reproduzimos.
A flexibilidade na avaliação dos professores link, dn
Os sindicatos dos professores voltaram ontem a vincar uma posição de força contra o processo de avaliação de desempenho. Fizeram-no apoiados naquele que terá sido o maior desfile de manifestantes de sempre contra uma política educativa e prometeram insistir na radicalização das formas de luta.
A ministra Maria de Lurdes Rodrigues antecipou-se ao início dos discursos no Marquês de Pombal e voltou a basear a posição de manter firme a continuidade da avaliação em factos concretos: 1 - A maioria dos professores avaliados tem apenas de preencher uma ficha de definição de objectivos com duas páginas; 2 - O Ministério da Educação (ME) não impõe reuniões prolongadas ou complexos processos burocráticos, e se isso acontece deve terminar de imediato; 3 - O modelo de avaliação que está a ser aplicado foi aprovado pelo Conselho Científico composto por pessoas que não foram escolhidas pelo ME; 4 - Há muitos professores que já foram avaliados e outros que estão a fazer a avaliação; 5 - Desistir não é solução.
Sindicatos e ministra só convergem num ponto e, por sinal, aquele que é o mais importante: os interesses dos alunos e a actividade de os ensinar devem ser preservadas.
Mas o que é que de um e outro lados tem sido feito para isso? Nesta avaliação, pelo menos, o Governo leva vantagem. Os sindicatos dos professores ainda ontem reafirmaram a sua inflexibilidade: "Se eles [o Governo] não o suspendem, suspendêmo-lo nós!" Enquanto do lado Governo, há duas semanas em entrevista ao DN, José Sócrates anunciou e assumiu o compromisso: "Estamos disponíveis para, depois de fazer esta avaliação, melhorar o sistema e evoluir." [...]
Obs: Talvez este seja o momento de fronteira para les uns et les autres procurem aprender entre si. Sem sofismas nem preconceitos e arrogâncias e em nome do valor maior a salvaguardar: o futuro dos alunos.
Assim sendo, pergunto-me o que Rui Vilar da Gulbenkian - e, em particular, o prof. Marçal Grilo, administrador da casa e ex-ministro da pasta, estão à espera para organizar uma Conferência internacional subordinada ao tema da Educação - e que modelos poderão ser implementados em Portugal.
Os painelistas seriam nacionais e internacionais, sobretudo aqueles que se têm dedicado ao estudo das questões da Educação em Portugal.
Se houver cházinho e bolachinhas shortcake também vou. Mas infelizmente, a Fundação C. Gulbenkian é muito "pobrezinha" e já não consegue assegurar esse tipo de requintes que tinha no passado recente.
E eu a supôr que o petróleo estava em alta, afinal não está. Está em baixa, como a educação em Portugal.
Promova-se essa conferência internacional, anyway.
E, de caminho, pergunte-se aos sindicatos se também são avaliados...
E, já agora, formule-se outra questão aos sindicalistas do costume: por que razão estão anos e anos a fio agarrados ao poder nas estruturas sindicais que dirigem?!
A vergonha maior está patente em Carvalho da Silva (com ligações genéticas ao PCP), que nasceu na CGTP, e por lá fez a sua puberdade, adolescência e, já em adulto, ameaça ser um dinossauros-rex - condição que nenhuma qualidade empresta à democracia permanececendo tanto tempo no poder.
De facto, os sindicatos também carecem de avaliação. De preferência que não seja feita pelo PCP, senão tudo fica na mesma.