Europa - Parte I - por Adolfo Casaes Monteiro - lido pelo saudoso Mário Viegas -

Recuperar o pensamento de Adolfo Casaes Monteiro através de Mário Viegas. In order to know the future, we must know the past, como diria Nicolau Maquiavel. Hoje a Europa está fraca no plano económico, tem um estatuto politico global diminuído e no plano cultural também não é uma referência que se imponha e brilhe à vista desarmada. Tudo isto obriga-nos a visitar o pensamento dos nossos poetas, porque em épocas de crise não são os juristas, os economistas, os engenheiros, os arquitectos que mais e melhor produzem pensamento, são, paradoxalmente, os poetas - esses aparentes inúteis - da palavra que, se escutados e meditados com atenção apontam caminhos que podem ser trilhados. Trilhos de Liberdade - quando hoje todos procuramos saber como sair das grades impostas pela ditadura deste tempo que passa.

Um enquadramento interessante de Casaes Monteiro pode ser encontrado aqui:

Pouco se fala dele, mas deixou marcas raras e iniludíveis na cultura portuguesa. Salazar proibiu qualquer referência ao seu nome e parece que a influência do ditador agiu sobre as memórias. Adolfo Casais Monteiro nasceu no Porto a 4 de Julho de 1908 e faleceu longe da pátria, no Brasil, a 24 de Julho de 1972, para onde emigrou em 1954 e donde jamais voltou. Poeta e ensaísta de excelência, foi uma das vozes do Modernismo português, fez parte da direcção da Águia (1929), da Presença (1931) e do Mundo Literário (1946). Juntamente com os amigos Fernando Pessoa, José Régio, João Gaspar Simões, Casais Monteiro foi nome grande das letras portuguesas do século XX. (...) cit in ComLivros-Teresa