quarta-feira

António Valdemar sobre Aquilino Ribeiro. Uma auto-correcção

Nota prévia do Macro:
Para mim Aquilino até poderia ter morto um cágado ou ter dado um tiro de pólvora seca no rabo de G.W. bush, ou cegado Bin laden com uma valente fisgada, aqui o que escolhemos é a sua qualidade literária e legado cultural. Envolver um grupo de historiadores contra outro na interpretação das suas opções políticas e pessoais contra a monarquia é-me irrelevante. Claro está que isto desagrada profundamente aos monárquicos que vêm na coroa uma referência de vida, quando, na realidade, ela no fim do regime era a própria causadora de corrupção e de paralisia económica e social do país. Os historiadores que se entretenham a fazer esse balanço que divide mais do que une, mas é coisa que não interessa, nem ao menino jesus, se é que este leu Aquilino. Já agora, pergunto daqui aos historiadores de serviço que querem crucificar o escritor se acham que Aquilino também quis matar Jesus Cristo...
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"A melhor forma de continuarmos a homenagear Aquilino Ribeiro é captar novos leitores para a sua obra". Isto mesmo é o que defende o jornalista António Valdemar, que desde jovem privou com o autor de "O Malhadinhas" e que hoje, no Panteão Nacional, irá fazer o elogio fúnebre do escritor.Consciente da responsabilidade desta acção, António Valdemar confessa que começou a trabalhar no discurso há dois meses mas que, nos últimos dias, optou por alterá-lo radicalmente.
"Comecei por escrever de forma muito formal. Depois decidi alterar tudo. Não vou chorar a morte de Aquilino, nem vou fazer crítica literária, porque essa está feita. Vou antes fazer uma evocação pessoal - e vou apelar para que se divulgue e leia a sua obra".
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Obs: Grande novidade...Diga-se ao Valdemar que na generalidade é isto que sucede com a globalidade dos textos