quinta-feira

António Costa ganha Lisboa.

BARÓMETRO
António Costa sem maioria absoluta, Carmona mais perto
António Costa continua sem conseguir conquistar a maioria absoluta nas intercalares de Lisboa, baixando agora para os 22,6 por cento, revela o Barómetro DN/TSF/Marktest. Carmona Rodrigues aproxima-se ligeiramente do candidato do PS, enquanto que Fernando Negrão ultrapassa Helena Roseta
. ( 08:52 / 12 de Julho 07 ) António Costa continua a liderar as preferências dos lisboetas para as eleições intercalares para a câmara de 15 de Julho, mantendo contudo a maioria simples, após uma ligeira descida em relação há uma semana, revela o Barómetro DN/TSF/Marktest.
O candidato socialista recolhe agora 22,6 por cento, menos 0,7 pontos percentuais do que no Barómetro, vendo agora o independente Carmona Rodrigues um pouco mais perto de si, com 11,1 por cento contra os 10,6 de há uma semana.
Em terceiro lugar, aparece agora o candidato do PSD Fernando Negrão com 8,7 por cento, que ultrapassa a independente Helena Roseta, que tem agora apenas 8,5 por cento das intenções de voto, sendo que qualquer um destes perde relativamente ao último Barómetro.
Quem também regista perdas em relação há uma semana, são o candidato comunista Ruben de Carvalho, que tem agora 4,9 por cento, e o candidato apoiado pelo Bloco de Esquerda José Sá Fernandes, que surge com 4,1 por cento.
A subir, mas sem sair da sexta posição, está o centrista Telmo Correia, que ganha 0,5 pontos percentuais para os 1,5 por cento, com todos os restantes candidatos a aparecerem com 0,7 por cento das intenções de voto ou menos.
O estudo da Marktest indica ainda que o número de indecisos baixou dos 25 por cento registados há uma semana para os 17 por cento, sendo que os votos em branco atingem os 7,4 por cento.
Depois da divisão dos indecisos pelos candidatos e da aplicação do método de Hondt, António Costa conquistaria sete vereadores, a dois da maioria absoluta, com Carmona Rodrigues e Fernando Negrão a ficarem-se ambos pelos três vereadores.
Helena Roseta ficaria com dois lugares na vereação, ao passo que quer Ruben de Carvalho, quer José Sá Fernandes não iriam além de um vereador. Telmo Correia continua sem eleger qualquer vereador.
Ficha Técnica: O Barómetro foi realizado pela Marktest para a TSF e o DN a 10 de Julho, com o recurso a 610 entrevistas por telefone fixo feitos a maiores de idade residentes em Lisboa. A margem de erro é de 3,97 por cento.
  • Obs: Podendo ainda haver uma flutuação no eleitorado de Lisboa, dado que as sondagens "não choram" e são sempre registos de opinião temporários de valor aproximativo, é muito natural que os lisboetas, à boca das urnas, façam o seguinte raciocínio vertido nesta interrogação:
Eu quero uma Lisboa que tenha capacidade de decisão para dinamizar soluções concretas e ultrapassar bloqueios, ou quero uma cidade "pára-arranca" - com o núcleo da decisão política dependente de negociações permanentes e oportunistas com os vereadores da oposição e com o anacronismo chantagista, qual espada de Damócles, duma Assembleia Municipal liderada por Paula Teixeira da Cruz a fazer aquilo que MMendes lhe ditar da S. Caetano à Lapa?
Feito este juízo, e pela lamentável experiência de gestão política destes últimos 6 anos, os lisboetas votarão em António Costa - uns por convicção, outros pela virtualidade do seu voto útil em nome dos superiores interesses da Capital e também do País.
O mérito das sondagens, em certos casos, é anunciar antes do "desastre" que as pessoas ainda podem evitá-lo - seguindo o seu caminho em segurança para chegar a bom porto.
Fazer isto por Lisboa é uma obrigação e um imperativo nacional.