Todavia, se refinarmos a lente com que vemos o mundo, e nem é preciso evocarmos o nosso cosmopolitismo, visualizamos uma cartografia bem mais interessante que poderá valorizar este concurso de ideias em prol do nosso Património comum da Humanidade. Eu votarei na singularidade do Castelo de Marvão, mas Vila Viçosa, outrora espaço Real, oferece também um potencial de relevância historico-arquitectónica inestimável que merece ser conhecido e meditado. Vejamos aqui uma síntese feita por Nuno Lobo, autor do Restaurador da Independência e de outros blogues amigos que convergem nesta iniciativa de valor cultural apreciável. Por último, confesso que não deixa de me assaltar uma estranha sensação quando penso nestas coisas que já são, por natura, património da Humanidade, quer os especialistas da tanga da UNESCO e do ICOMOS (International Council on Monuments and Sites) o reconheçam ou não. E esse sentimento é o de que somos uma espécie avançada de macacos num planeta menor de uma estrela média tentanto compreender o Universo, como diria o genial Stephen Hawking. Mas é isso, afinal, que nos torna especiais... Pelo menos enquanto estamos admirando essas maravilhas do mundo, do nosso mundo, do nosso País, das nossas regiões, cidades, vilas e aldeias muitas das quais nem sequer conhecemos (eu próprio nem sequer conheço Vila Viçosa, senão por foto.., o que é uma vergonha!!!) sentimos que pomos em marcha uma qualquer espécie de pensamento, sentimos que até temos córtex cerebral, que caminhamos para a libertação. Assim, já não precisamos de estar presos a padrões de comportamento, de arquitectura, de arte ou de design herdados geneticamente dos lagartos ou dos babuínos. Tudo para não nos sentirmos os macacos que já fomos...
Castelo de Marvão
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