quarta-feira

A reforma da Academia lusa: de "fora" para "dentro", de MIT para Portugal

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in Diário Digital
Na cerimónia de abertura, Mariano Gago sublinhou que este acordo de parceria entre o Instituto de Tecnologia de Massachuteres (MIT) e as universidades portuguesas contribuirá fortemente para o «processo da reforma das universidades».
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Notas Macroscópicas:
O governo português mata dois coelhos com uma só cajadada: obriga as "capelinhas" das universidades portuguesas a fazerem fusões e ganharem dimensão e escala competitiva e, ao mesmo tempo, desenvolve know-how capaz de introduzir competitividade e inovação no tecido económico e empresarial nacional. É o que se chama fazer uma reforma de fora para dentro, sinalizando um aspecto poderoso da globalização do conhecimento que não deixa de ter uma enorme dimensão económica e social em Portugal.
É curioso, mas até parece de propósito, mas sempre que o PS está no poder, a área da C&T sofre um incremento assinalável, e isto é tão meritório para o PS como, por maioria de razão, para o País. Oxalá saibamos aproveitar e potenciar a gestão desses fluxos financeiros e de conhecimento. Tanto mais que o conhecimento representa hoje aquilo que nas últimas décadas outros factores de produção (terra e capital) representaram na vida das economias. Hoje não há padrão de relacionamento em sociedades abertas que não dependa do capital-conhecimento.
Até o poder político perdeu a sua capacidade para estabelecer padrões artificiais dentro dos seus espaços de soberania nacional, já não pode proteger as empresas nacionais e também não pode acumular défices orçamentais, so risco de ataques especulativos. Nas sociedades de democracia de massas, em que as exigências de popularidade para vencer eleições não promovem o esclarecimento permanente do que são as possibilidades por parte de quem exerce o poder político, a rigidez das relações laborais é fatal como o destino. Daí a enome dependência do conhecimento intensivo para obviar essas dependências da economia nacional, posto que a competição interna depende da forma como o novo conhecimento é gerado, integrado e aplicado no tecido económico contribuindo, desse modo, para gerar um sistema de produção melhor, melhores exportações e uma maior convergência com os indicadores sociais e económicos das economis europeias.
Numa palavra: sem MIT há regressão competitiva e perda dedinamismo duma sociedade, conduzindo a uma fragmentação social dos grupos corporativos que hoje gravitam em torno da Academia. Daí a extrema importância dessa reforma de "fora" para "dentro".
Afinal, a América é amiga de Portugal ou não é!!??
Como diria um amigo, embora noutro contexto: "meninas à sala que chegaram os "amaricanos"...