terça-feira

Quem tramou Pacheco Pereira?

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Muitos dos falsos exemplos que me são dados são aliás um exercício de má fé pura, apenas para enganar quem não vai ler as explicações sobre o que aconteceu. Este afã de dizer que o que aconteceu ao Abrupto é normal, legitima o autor da pirataria, porque alguém a fez, não é verdade? Um qualquer hacker da Tailândia que encontrou uma falha no Blogger e escolheu ao acaso um blogue português, não é do que me querem convencer? Devo ignorar que numa certa lama da blogosfera, se houvesse um botão miraculoso como a campainha do Mandarim que matasse o chinês na China, já havia há muito uma sinfonia de toques e empurrões para chegar ao botão. Aliás a campainha não parava, tantos eram os candidatos a quererem "matar" o Abrupto. Basta ler alguns blogues, entre a pura má fé, até ao enorme contentamento e festejos pela "morte" anunciada. Não terão muita sorte, mas é uma atitude reveladora do incómodo que a mera existência de um blogue como o Abrupto traz à mediocridade invejosa. O mundo para eles seria muito mais aceitável se tudo fosse medíocre, igual na lama. Compreendo bem, mas sigo a regra de George Bernard Shaw: "Never wrestle with a pig. You get dirty and besides the pig likes it".
  • Obs:
  • A ser verdade... - que ora andam a roubar as password ao Pacheco visando eliminar o seu blog é lamentável. Isso não se faz. Nenhum de nós desejaria ver o seu blog apagado, sobretudo se depois não poderia ir blogar para a rádio e tv pirata. Não vamos aqui ironizar com o seu blog nem com o seu autor, eu próprio também não gostaria que abatessem o meu espaço. Mas isto não deixa de ser perturbador: não sendo nenhum criminoso de guerra ou sequer um malfeitor de bairro porque razão Pacheco é (ou acha) que é tão odiado, e através dele o seu próprio blog??? Será só inveja, como diria o Camões? Não creio... Em parte até poderá ser, mas o essencial decorre duma certa postura e arrogância intelectual em que ele sistemáticamente se coloca. Pacheco, até pela sua formação humana, cultural e intelectual, e pelo seu próprio trajecto político e ideológico zizezagueante - gerou na sociedade (civil e política) mais inimigos do que comparsas. Agora esse caudal foi engrossado na blogosfera. Logo, PP tem duas espécie de adversários: os da sociedade de carne e osso e os do espaço virtual. Num certo sentido, isso revela coragem, mas noutro - e pela forma despeitada como se projecta na esfera pública - isso traduz incoerência e até manipulação intelectual. No fim cita G.B.Shaw, e apesar de nunca o ouvirmos falar inglês - só escreve - temos agora todos de supor que ele jamais lutaria com suínos... Mas que raio de parceria haveria ele de arranjar para dançar uma valsa ou o "xá-xá-xá" alí nos Alunos de Apolo... Este recurso linguístico a que PP recorre tem algo de cómico e de trágico, além de ficarmos a saber que os "inimigos" que ele tem não se circunscrevem só a Portugal, agora também emigraram para o Oriente nas páginas do Eça. Sejamos sérios: Pacheco tem virtudes intelectuais inegáveis, mas perturba tudo quando confunde deliberadamente as coisas, mete todos no mesmo saco naquelas duas sociedades: na virtual e na de carne e osso. Face a isto deixo um pedido e duas conclusões:

1) Não façam mal ao blog do Pacheco Pereira;

2) Até porque o seu blog é uma treta, vale apenas porque o seu autor tem notoriedade pública e 90% das pessoas que o citam visam apenas parasitar e promoverem-se à sombra dessa circularidade mediática - essa sim - verdadeiramente - "dirty" - para retomar a sua terminologia decadente;

3) God cannot alter the past, but historians can.O problema é que PP nunca foi historiador, apesar de falar com eles...
  • PS: O autor do abrupto deveria, para fins de serviço público e prevenir outros blogs imunizando-os de semelhantes ciber-ameaças, explicitar quem são esses malfeitores. Faria serviço público, mas também aqui o seu egoísmo parece imperar. Esperemos agora não estar a reencaminhar isto para os tais malfeitores...