Os ímpios...

Nesta tarde pascal não podemos esquecer os africanos, especialmente aqueles que integraram o império e viveram colonizados, explorados e amordaçados durante séculos pelo homem branco. Depois o império europeu saíu de África, e ficaram os carrascos indígenas. Os verdadeiros "pretos", os pretos piores ainda que os brancos colonialistas que os precederam e hoje xupam o tutano ao povo que vegeta nas valetas que ladeiam os bairros de lata: sem água, sem luz, sem qualquer tipo de condições de vida.. Recentemente o PM J. Sócrates foi a Angola numa visita de Estado, e conhecendo as condições infra-humanas em que vegeta aquele povo, não poderíamos aqui esquecer essas almas perdidas, manipuladas, meros joguetes, analfabetos subnutridos manipulados por uma sub-classe inqualificável, genéticamente corrupta que tem enriquecido à custa da exploração dos minérios nacionais e beneficiando da rede de influências governamental e das clientelas que representam hoje as soit-disant elites africanas. Assim, como não podemos esquecer esse agastado povo angolano, também, por maioria de razão, não deixaremos de denunciar aqui essa cabeça da hidra representada por Eduardo dos Santos, o cubano soviético angolano, que fala com tanta displicência de eleições que tal denota o seu apego à "democracia". Sob aquela sua capa de serenidade, de pacificador, de democrata está um homem corrupto, ímpio que devia ser imediatamente destituído do poder por uma força de paz multilateral conduzida pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. E seria Portugal, omo antiga potência colonizadora (ou administrante) que deveria desencadear essa processo diplomáticos junto das instância políticas competentes. Já agora, desejaríamos saber o que é que o sr. dr. Marques Mendes - avtual presidente do PSD - pensa do assunto..., se é que pensa algo. Era nisto que os Estados de bem, coisa rara na arena internacional, se deveriam empenhar. Será que existe Comunidade internacional, ou existe antes uma Sociedade internacional? Este é, aliás, um debate antigo no mainstream das relações internacionais contemporâneas. Mas enquanto tal processo político-diplomático não entra em gestação, e estou certo que esta nossa ideia pascal seria do inteiro agrado de Kofi Annan, Secretário-Geral da ONU, urge citar aqui os Salmos 14(13) - que ofertamos a todos os actuais dirigentes africanos (que fazem da corrupção a normalidade da vida, o O2 que respiramos), com especial destaque para o citado Dos Santos - cuja riqueza acumulada, extensão de património, participações em empresas através de familiares directos e indirectos, perfil psicológico e background sociocultural (ou seja, cubano e soviético) - constitui hoje a maior das ameaças à sobrevivência dos angolanos, à paz, modernização e desenvolvimento regional (na África Austral) e à dignidade para todo aquele imenso Continente africano cuja geografia integra meia centena de países: os povos mudos do mundo.

• Os insensatos proferem no seu coração:

Não há Deus

Corruptas e abomináveis as suas acções:

Não há quem faça o bem.

O Senhor olha os céus

sobre os filhos dos homens, para ver se encontra um bom,

alguém que busque o Senhor.

Mas todos se extraviaram e corromperam:

não há quem pratique o bem,

nem um sequer!

Não compreenderão os obreiros do mal que devoram o meu povo como quem come pão,

e não invocam o Senhor?

De improviso foram tomados pelo terror, porque o Senhor está com a gerãção dos justos.

Foram confundidos pelo conselho dos simples, porque o Senhor é o seu refúgio.

(...)

• Ofertamos estes Salmos aos corruptos africanos actualmente no poder que falam de eleições com a mesma facilidade com que fazem e desfazem um negócio de concessão de uma cota diamantífera ou dum bloco de exploração petrolífera. Para esta clic a promoção da dignidade humana é igual ao litro, desde que o litro se traduza em incomes para as suas contas na Suíça e um pouco por todo o mundo. Contas ue também deveriam ser imediatamente confiscadas por ordem das instituições económicas e financeiras internacionais, as mesmas denunciadas pro Joseph Stiglitz. Nada melhor que a Páscoa, em homenagem ao sofrimento por que passou Jesus Cristo, para desencadear estes processos. À semelhança dos nomes que a rigada de Trânsito atribuem às operações sazonais para regular o tráfego nas estradas portuguesas, poderíamos sugerir aqui a Kofi Annan - uma espécie de Operação Justa e Mãos Limpas em Angola e arredores... Fica a sugestão.

• Além da urgência daquela intervenção do CS da ONU a Comunidade internacional deveria ainda compelir Eduardo dos Santos, e conexos, a devolver a fortuna que indevidamente acumulou ao longo destas 3 décadas de guerra civil, a fim de ressarcir o seu povo pelas privações que lhes infligiu, matando milhares de homens e mulheres, mesmo depois da guerra civil e da morte de Savimbi. E deveria, por fim, ser obrigado pela Comunidade internacional a pedir desculpa ao seu povo e ao mundo pelos métodos, técnicas e expedientes utilizados na gestão da coisa pública, leia-se má governação, a que sistemáticamente abriu mão para se enriquecer e beneficiar a rede de pessoas e de clientelas - pessoais e institucionais/ domésticas e transnacionais - que durante igual período concorreram nessa tragégia colectiva que tem exaurido os recursos nacionais e votando ao fracasso milhares e milhares de angolanos.
• Por fora, parecem justos ocultos no fausto Armani - que escandaliza - tanto mais em Angola em que aquela gente vive com menos de 1 dolar por dia, mas por dentro, por dentro estão cheios de hipocrisia, maldade e perversidade. Olha-se para estas elites dirigentes africanas e saca-se num instante a mancha de crimes contra a humanidade estampada naquelas testas diabólicas. Crimes que jamais alguma fortuna poderá pagar ou apagar. A justiça far-se-á um dia, o destino, a fatalidade aguarda-os, soon, very soon...