quarta-feira

Os Maias

Image Hosted by ImageShack.usImage Hosted by ImageShack.us Image Hosted by ImageShack.usTodos nós já lemos Os Maias. Na altura em que o tinha de ler não o li, apenas me atirei à cábula mais resumida dele. Mas a secura da fauna política lusa não nos dá grandes oportunidades de inovação; na esfera da globalidade é o terrorismo e a gripe das aves, tudo coisas sem interesse algum porque altamente mortíferas, logo também não estimulam a imaginação nem a capacidade criativa que anda associada à produção de saber e à construção de análises. O livro começa com uma descrição maçadora que faz com que a casa - o Ramalhete - pareça de facto maior do que na realidade é. São quase 50 págs. para o boneco, ninguém as lê, um pouco como ouvir o dr. Sampaio durante uma década - o que faz dos portugueses o povo mais tolerante e paciente do mundo. Nessa casa costumam encontra-se meia dúzia de cromos, tipo Quadratura do Círculo - em que os circunstantes pretendem armar-se aos intelectuais, até o entrevistador que ainda consegue ser mais lastimável do que o Coelhone. Carlos da Maia tem a mania da poesia, um pouco como aquelas meninas mimadas que julgam saber escrever e a propósito de tudo e de nada querem à viva força que meia dúzia de fedelhos pacóvios que ainda não descobriram o significado da palavra "pensar" debitem enjoadamente as suas emoções sobre o estado do tempo, do carnaval, a côr das cuecas da menina, o bico do piriquito, a fralda do bé-bé que ainda vai nascer etc e tal. Mas prosseguindo, Carlos tem mesmo a mania da poesia, mas nem por isso deixa de mandar umas pinocadas com a mulher do Gouvarinho, talvezz para compensar a impotência sexual do Eça - um aristocrata cagão que desconhecia a palavra - povo - que tentou remediar no fim da sua vida através do estudo dos santos. Enfim, uma Madalena arrependida. E assim o Carlos papava a mulher do Gouvarinho, à socapa - tipo Atracção Fatal, mas com guião de Manoel de Oliveira. Umas 200 págs. volvidas o bom do garanhão do Carlos conhece a Maria Eduarda, uma boazona tipo - não direi Marisa Cruz - mas mais tipo Claudia Schiffer, pelo menos esta tem menos cara de feirante de Carcavelos. E aí de novo o garanhão do Carlinhos salta-lhe em cima. No fundo, somos todos iguais, é o que o Eça quer dizer. Cada vez que vemos um belo par de gémeos mandamos logo a cultura às urtigas. Só que depois tudo se complica no enredo d'Os Maias - já que um bufo daqueles tipo-pide que ainda hoje vegetam pelas universidades post-coloniais adestradas pelas moreias do costume (fabricados nos anos do salalarismo) - que ainda pensam que o Botas ainda está vivo - bufa ao jornal 24 Horas que o Carlos da Maia anda a comer a própria mana. Depois duma peixeirada infernal à moda do Norte o Carlinhos (não confundir com Kajó...) e a Eduarda Maia fazem sexo em exclusivo para a Tvi e para a revista Caras - onde mostram tudo, até aquilo que pela natureza das coisas não se pode ver. No final, ela pira-se para Lyon e ele raspa-se para Paris. E nós somos comidos por parvos, já que Eça sempre poderia ter escolhido outro destino para os manos incestuosos não emigrarem para o mesmo país. Ou será que o bom do Eça julgava-se assim tão talentoso que supôs que os tugas, volvido mais de um século após a sua morte, não sabiam nada de geografia!!!??
Duas lições a tirar desta estória - para não andarmos sempre a comentar a gripe das aves, as palhaçadas de Jardim da Madeira, o bin laden, a casa Pia e conexos, e o Sócrates a enxovalhar a oposição cada vez que vai à Assembleia da República discutir a nação. 1ª lição: Eça quis dizer que Portugal era, ele próprio, um incesto e, para o efeito, pôs os manos a copularem infamemente, ora isto ainda é pior do que o carnaval em Portugal; 2ª lição: nunca nos devemos deitar com quem não conhecemos a mãe, não apenas por esta razão mas também pelas demais, naturalmente. E assim vai Portugal - ao som do carnaval.
  • À falta de melhor definição julgamos que o personagem infra é o engenheiro Sócrates tentando explicar à de puta ada de Os Verdes Margarida Apolónia ou Stª Apolónia - que nunca se submeteram a eleições e navegam à boleia do PCP para terem lá uma agência de empregos representada na Assembleia da República - as virtudes da Energia Nuclear em Portugal. Afinal, Sócrates quer o nuclear, só que ainda está envergonhado. É compreensível, pois cada um tem de ter o seu tabú, Sócrates é engenheiro de formação e também tem direito a ter o seu. Resta saber por quanto tempo...

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